Problema de Apolónio — Duas circunferências e uma recta

Vai-se agora ver como resolver o problema de Apolónio dadas duas circunferências c1 e c2 e uma linha recta.

Esta problema só tem soluções rectilíneas caso as tangentes comuns às duas circunferências sejam paralelas à recta dada; nesse caso há duas e só duas rectas que são solução do problema. A construção das circunferências que são solução do problema pode ser feita usando o facto de que, para qualquer delas, a circunferência com o mesmo centro e que passa pelo centro de c1 é tangente

Este caso do problema de Apolónio pode ter qualquer número de soluções de 0 a  8 (excepto 1 ou 7) ou uma infinidade de soluções. Vai ser vista uma situação de cada tipo.

0 soluções:
cada um dos semiplanos em que a recta divide o plano contém uma das circunferências e nenhuma destas é tangente à recta;
2 soluções:
as circunferências são tangentes (exterior ou interiormente) e a recta passa pelos seus centros;
3 soluções:
ambas as circunferências estão no mesmo dos dois semiplanos em que a recta divide o plano, são tangentes uma à outra e são tangentes à recta;
4 soluções:
as circunferências intersectam-se em dois pontos e a recta é exterior a ambas;
5 soluções:
a recta intersecta uma das circunferências em dois pontos e a outra circunferência é tangente exteriormente à primeira e também é tangente à recta;
6 soluções:
as circunferências intersectam-se em dois pontos e a recta é tangente a uma delas, sendo o ponto de tangência interior à outra circunferência;
8 soluções:
ambas as circunferências estão no mesmo dos dois semiplanos em que a recta divide o plano, não se intersectam e nenhuma delas divide a recta;
infinidade de soluções:
as circunferências e a recta são tangentes umas às outras, com o mesmo ponto de tangência.

Próxima secção: Três circunferências