Notícia explicativa do mundo: coleções de cartografia na Universidade do Porto
Cartografia Antiga - peças dos acervos históricos do Fundo Antigo da Universidade do Porto 83 02. Teodolito Troughton & Simms, London (c.1855) 35 X 35 X 48 cm Coleção: Instituto Geofísico da Universidade do Porto Este instrumento é o sétimo de um conjunto de teodolitos adquiridos à firma inglesa Troughton & Simms pela extinta Comissão dos Trabalhos Geodésicos, Corográficos e Cadastrais do Reino, a partir de 1846 e durante mais de uma década, para realização de levantamentos topográficos, com vista à elaboração da Carta Corográfica do Reino. Seria cedido ao Observatório Meteorológico Princeza D. Amélia pela Direcção Geral de Trabalhos Geodésicos em meados de 1888. Pretendia o diretor do Observatório, capitão-tenente José Maria Soares Andrêa Ferreira, fazer observações do trânsito de estrelas para determinação da hora local, alegando que a irregularidade das comunicações telegráficas não permitia uma boa receção da hora emitida pelo Observatório Astronómico da Tapada da Ajuda. O teodolito tem as suas raízes mais remotas na dioptra, o primeiro instrumento destinado a levantamentos topográficos de que há registo, concebido por Héron de Alexandria no princípio da era cristã. Surge independentemente em Inglaterra e na Alemanha, no séc. XVI, mas é ao longo do séc. XVIII que tem a evolução mais significativa, ao incorporar invenções anteriores. É considerado o mais importante dos instrumentos para levantamentos topográficos, permitindo medir simultaneamente ângulos horizontais entre dois pontos e os seus ângulos de elevação. É formado por um círculo horizontal, com agulha magnética, e um arco semi-circular vertical, ambos graduados com divisões muito finas, o que requer microscópios para leitura dos nónios. As visadas dos pontos fazem-se por meio de luneta com retículo. Neste modelo, uma luneta fixa permite detetar qualquer desajuste acidental enquanto se fazem as leituras, e corrigi-lo.
RkJQdWJsaXNoZXIy NDkzNTY=