O GreenUPorto centraliza a sua investigação no setor da Horticultura (com ênfase especial nas frutas, legumes, plantas ornamentais e viticultura) tanto em campo aberto como em cultivo protegido. Foram definidas três linhas temáticas principais, que refletem a experiência existente.
Biologia das Plantas, Produção e Pós-colheita. Esta linha visa contribuir para o desafio societal global de fornecer alimentos seguros para a população mundial crescente, protegendo os recursos naturais e enfrentando cenários de mudança climática. A linha 1 contribui ainda para o desenvolvimento de estratégias / tecnologias inovadoras com alto valor de mercado que podem incentivar a produção de mais alimentos, alimentos de maior qualidade (físico-química/nutricional e com maior prazo de validade) e com menor impacto no meio ambiente. Neste contexto, os investigadores integrados do GreenUPorto têm competências em I&D+i para: (i) compreender os aspetos fundamentais do crescimento das plantas, fisiologia, bioquímica, genómica e resposta das plantas aos sinais ambientais, utilizando sistemas-modelos de plantas (ii) integrar este conhecimento para criar melhoramentos tecnológicos das culturas; (iii) triagem e melhoramento de plantas (para a identificação de novas espécies e genótipos de alto interesse agronómico e alto nível de resiliência a stresses abióticos e bióticos); (iv) aumentar a eficiência do uso de recursos (água, nutrientes e produtos fitofarmacêuticos); (v) analisar as relações entre produção e pós-colheita de frutas, legumes e flores; (vi) aumentar a capacidade de processamento de frutas e legumes e (vii) desenvolver ferramentas de monitorização de culturas para o apoio à decisão de produtores (por exemplo, modelagem, agricultura de precisão). Coordenação por Susana M. P. Carvalho (susana.carvalho@fc.up.pt).
Processamento, Valorização, Consumo e Nutrição Humana. Esta linha de investigação é focada principalmente na investigação fundamental com aplicações a jusante na cadeia de valor hortícola. Aqui investiga-se a extração, a caraterização e a aplicação de fitoquímicos de valor nutricional/medicinal; a caraterização de novos produtos enriquecidos com estes fitoquímicos, bem como a valorização de resíduos agrícolas, seguindo uma perspetiva de economia circular. Os investigadores do GreenUPorto têm competências em I&D+i na aplicação de tecnologias de processamento mínimo para frutas e legumes frescos. Esta linha abrange também o desenvolvimento na área de avaliação sensorial com a implementação e desenvolvimento de um grande conjunto de técnicas avançadas para o perfil rápido e dinâmico na avaliação de produtos alimentares A manutenção da qualidade, o processamento, o enriquecimento/fortificação de produtos e a transformação ao nível de serviços de alimentação também são analisados do ponto de vista da nutrição humana. O uso de produtos minimamente processados em serviços de alimentação são avaliados em termos de aceitação do consumidor, bem como em relação ao seu impacto na minimização do desperdício de alimentos e na melhoria da lucratividade dos alimentos em todas as etapas do processo de transformação, contribuindo para a sustentabilidade das unidades. O desenvolvimento de metodologias para avaliar a perceção e aceitação do consumidor de frutas e hortaliças frescas e minimamente processadas também é abordado, tanto do ponto de vista da saúde pública (promoção da alimentação saudável) quanto do desenvolvimento de novos produtos ou valorização de variedades autóctones. Coordenação por Luís Miguel Cunha (lmcunha@fc.up.pt).
Qualidade Ambiental e Avaliação de Risco. Esta linha emerge da necessidade de combinar produção e processamento de alimentos com a proteção de sistemas agroambientais no seu contexto edafoclimático, na sua biodiversidade e nos serviços ecossistémicos prestados. O principal objetivo é garantir a sustentabilidade dos processos de produção agroalimentar. Neste contexto, o GreenUPorto tem competências em: (i) melhorar e aplicar quadros de avaliação de risco aos sistemas agrícolas, para estimar o risco de produtos fitofarmacêuticos (avaliação retrospectiva dos riscos) para o ambiente e para a saúde humana; ii) avaliar os riscos de novos compostos químicos ao abrigo do Regulamento REACH, através de testes ecotoxicológicos normalizados (ISO / OECD) e do desenvolvimento de biomarcadores celulares e moleculares sensíveis a diferentes mecanismos de ação (avaliação de riscos preditivos); (iii) testar nanoformulações e nanopesticidas menos nocivos a espécies não-alvo; (iv) testar e validar a sustentabilidade de novos sistemas de produção e (v) avaliar a qualidade do solo e da água por meio de indicadores químicos, físicos, biológicos e ecotoxicológicos e índices de qualidade integrativa. Coordenação por Ruth Pereira (ruth.pereira@fc.up.pt).